9 de março de 2011

Anjos.

Escrito por: Cordeiro 21:08, em | Sem comentários

            A Paz do Senhor Jesus para toda a comunidade evangélica e aos amados leitores da Palavra de Deus,

            Queridos amigos e irmãos em Cristo,
            Gostaria de compartilhar com cada um de vocês algumas preciosidades que nos deixou o nosso amado irmão que hoje já dorme no Senhor, Emílio Conde, em seu livro "Tesouro de Conhecimentos Bíblicos", editado pela CPAD em duas edições (1987 e 1990).
            Creio que tirará dúvidas e ajudará a muitos, haja vista o reino de Deus está sempre sendo bombardeado através de comerciais de televisão, noticiais vinculadas pela midia de um modo geral (internet, jornais, revistas, projetos que tentam virar leis no congresso e o que é pior, muitos de nossos irmãos que são eleitos a fim de defenderem os nossos interesses junto ao governo, parecem que estão dormindo ou se deixando levar pelas "facilidades" de ganhos ilícitos.

             Tratamos de um assunto que está em eminência: Os Anjos!
             Do hebraico "mal´ãk" e do grego "aggelos", ambos significando mensageiro ou enviado; para exercerem essa função, os anjos tem movimentos que os capacitam a levar a mensagem onde lhe seja ordenado.

             Os problemas de ordem espiritual, fáceis ou difíceis, que muitos enfrentam à medida que vão estudando as Escrituras, devem ser equacionados e esclarecidos através da própria Bíblia. Não há dúvidas de que às vezes, os problemas de ordem espiritual transcendem a capacidade e os conhecimentos mais apurados dos estudiosos. Nesses casos, não se deve ir além do que a Palavra de Deus autoriza, nem ultrapassar por conta própria os limites da revelação divina; além de perigoso, é ilegal fazê-lo.
              A Bíblia relata alguns fatos acerca dos anjos, a fim de demonstra-nos que a vida angelical não é estática, mas ativa e dinâmica, como se exige de um mensageiro eficiente. Não é necessário recorrer a imaginações nem à fantasias para explicar algumas verdades relacionadas com a doutrina dos anjos, nem tampouco é aconselhável que o conhecimento dos leitores se limite ao terreno da superstição tão difundida entre os povos.
              Muitas figuras angélicas hoje conhecidas têm suas raízes nas representações mitológicas orientais, segundo as quais Deus está rodeado de uma corte de Serafins, de um exército celestial, destinado a enobrecê-lo glorificá-lo em posição inacessível aos mortais.
              Considerados os anjos em conjunto ou em grupos, são denominados de exército ou exército ou exércitos de "Yahweh".
              Não há nada na Bíblia especificamente relacionado à criação dos anjos, isto é, como, quando e onde vieram a existir. No entanto, a Escritura deixa bem claro que foram criados por Deus (Ex. 20.11; Sl. 148; Cl 1.16).
              Os anjos já existiam quando o pecado entrou no mundo. Na queda de Adão e Eva, ao serem expulsos do Éden, foram os anjos investidos da missão de guardar o caminho que conduzia à árvore da vida, para evitar que o homem decaído provocasse ainda maiores transtornos. Eram os querubins que guardavam a entrada d paraíso (Ex.3:24). Uma visita que os anjos fizeram a Abraão está registrada em Génesis 18. O caráter desse encontro e a mensagem que eles, da parte de Deus, entregaram a Abraão foi uma palavra que fez renascer no velho patriarca a esperança de ser pai de uma grande nação, conforme lhe fora prometido. Os anjos deram a Abraão a certeza de que Sara, sua mulher, lhe daria um filho, o herdeiro da promessa, e que, através de seu filho, sua descendência seria tão numerosa como a areia do mar. Essa visita não foi a única registrada nas Escrituras. Todas as vezes que Deus tinha uma palavra a entregar ao povo hebreu, enviava-lhe um ou mais anjos com a mensagem. Lembremos o aparecimento do anjo do Senhor a Moisés numa chama de fogo no meio da sarça, quando o futuro legislador hebreu apascentava o rebanho de seu sogro Jetro. em Midiã. Essa visita tinha relação com o futuro de Israel e com o destino da hist´ria do mundo. Envolvia uma promessa de libertação do povo de Deus escravizado no Egito. O caráter simbólico dessa libertação apontava para um livramento mais amplo e de caráter universal - a libertação do pecado através da fé em Jesus Cristo.
            O anjo de "Yahweh" ou anjo de "Eloim" aparece com frequência nas Escrituras (Gn 16:7-13; 22.11-15; Ex 3.2-4,17). Para alguns estudiosos o anjo do Senhor era apenas um enviado; para outros, porém, era o Senhor Jesus Cristo (Gn 18:2,3,10 e 13; Jo 8:56). Lagrange diferencia o anjo do Senhor da pessoa de Deus, baseando-se em Ex 32:24; 33:3-17. Desde então, a comunicação direta do Todo-Poderoso se fazia mais raramente. Outrossim, os judeus começaram a temer o pronunciamento do nome de "Yahweh" e o substituíam por "seu anjo". Dai a ambiguidade dos textos sobre o anjo do Senhor.
            Apesar de suas aparições em forma humana, olhos brilhantes, resplendor de fogo, de aspecto terrível ou então pacifico e tranquilizador, nunca a Bíblia fala do corpo ou da alma dos anjos; apesar de realizarem algumas ações humanas, como comer e beber, fazem-no aparentemente; não tem sexo; são incorruptiveis e imortais (Jz 16:16; Mt 22:30; Lc 20:36). 
            "Quando contemplo os teus céus, obras dos teus dedos, e a lua e as estrelas que preparastes; que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos" (Sl 8:3-5). Essa declaração evidencia que no plano da criação os anjos são mais elevados do que os homens. Esclarece também que eles foram criados por Deus.
            Os anjos de acordo com a palavra do apóstolo Paulo, são membros da "família de Deus".
             Essa verdade é confirmada nesta passagem: "Porque nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam postestades: tudo foi criado por Ele e para Ele" (Cl 1:16).
            Os anjos são seres vivos, ativos, com funções definidas a cumprir, e as cumprem sem hesitar. Eles são diferentes dos homens no que diz respeito a obediência às ordens divinas e à adoração que prestam ao Criador. Enquanto os homens são volúveis como a moinha que o vento leva para onde quer, os anjos movem-se diante de Deus, dia e noite, prontos a cumprir as ordens emanadas do trono, como mensageiros fiéis que são.
             Aparecem nas Escrituras como mensageiros de Deus, para dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los (Gn 18:19,22,28,32; Jz 2:6,13; 2Sm 24:16,17; 2Rs 19:35; Sl 34:7; 35:5,6; 91:11). Os anjos revelam-se como guardas de individúos e de nações (Ex 23:20; Dn 10:13-20). Os anjos serviram a Jesus (Mc 1:13; Lc 22:43); manifestaram interesse pelo decoro nas reuniões da igreja (1Co 11:10) e pela salvação dos homens (Lc 15:10; 1Pe 1:12); tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At 7:53; Gl 3:19; Hb 2:2) e executarão o juízo final (Mt 13:41).
             Dois anjos são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10:13) o arcanjo (Jd 9), e Gabriel (Dn 8:16; Lc 1:19).
             A doutrina sobre os anjos é complexa e não pode ser tratada completamente numa obra como esta.
             Até aqui somente fizemos referência aos anjos bons, aos que servem diante de Deus. Existe, no entanto a classe dos anjos maus, dos rebeldes que estão a serviço de satanás. 
             Viveram nos céus como os que atualmente vivem lá; foram criados por Deus, mas passaram à condição atual por haverem aderido à rebelião de Lúcifer, seu chefe, que organizou a revolta contra o Altíssimo. A queda dos anjos está suposta na tentação de Adão e Eva pelo espírito do mal, simbolizado pela serpente. Deuteronômio menciona os maus espíritos ou demónios (Dt 32:17). O novo testamento é mais explícito e fala dos maus espíritos que caíram de seu estado de graça e foram castigados por sua apostasía no inferno (2Pe 2:4; Jd 6 e Ap 12:7).
             Há uma promessa de Deus relacionada com os anjos e com os homens de todos os tempos, inclusive com os leitores. No passado, Deus cumpriu essa promessa, no presente igualmente a cumpre, e no futuro o Senhor também a cumprirá. A promessa é esta: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra" (Sl 34:7).

             Emílio Conde nasceu em 8 de Outubro de 1901, em São Paulo. Seus pais, João Batista Conde e Maria Rosa eram de origem italiana. Consequentemente, o primeiro contato de Emílio com o evangelho foi na Congregação Cristã no Brasil, fundada por italianos. Ali, o futuro escritor evangélico creu em Jesus Cristo e se tornou membro da igreja no dia 21 de abril de 1919, sendo em seguida batizado com o Espírito Santo. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, passou a frequentar a Assembleia de Deus na Rua Figueira de Melo, 232, em São Cristóvão, pastoreada na época pelo missionário Samuel Nystrom. Deus o abençoou sobremaneira, inspirando-o a compor 25 hinos de nossa harpa e outros tantos em parceria com outros irmãos.
              Além de gostar de cantar, era ainda organista e acordeonista.
              Dentre suas obras, destacamos: Asas do Ideal; Caminhos do Mundo Antigo; Estudos da Palavra; Flores de Meu Jardim; História das Assembleias de Deus; Igrejas sem Brilho; Nos Domínios da Fé; O Homem; O Testemunho dos Séculos e Pentecostes Para Todos.
              Às 13:00h do dia 5 de janeiro de 1971, Emílio Conde dormiu no Senhor. Às 17:00h do mesmo dia seu corpo saía do Hospital Evangélico na Tijuca, RJ, para ser velado no Templo da Assembleia de Deus em São Cristovão.
              Se assim Deus nos permitir, estaremos postando outros de seus estudos e artigos.

              Deus seja louvado.

              Amém.

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